Centenas de pessoas se reuniram no sábado (3) em uma das principais avenidas de Salvador.
Foi o Mutirão pela Paz organizado por mais de 20 paróquias dos bairros da capital. Entre os participantes, vítimas de diversos tipos de violência.
A dor de uma mãe. ‘Hoje em dia a gente tem que ter paz para muita coisa. Perdi minha menininha com três anos de idade. Eu lhe digo, gente, tem que ter mais paz. A minha filha só tinha três anos de idade, não entendia nada da vida. A minha filha pagou com a vida’, desabafa a dona de casa Girlene dos Santos.
A filha caçula de Girlene foi atropelada e morta há cerca de um mês. O acidente de trânsito chocou a população de Narandiba e Tancredo Neves, dois dos bairros mais populosos de Salvador.
A violência que assusta Manoela é outra. Com um bebê recém-nascido e uma filha de cinco anos, o medo dela é de roubos e assaltos. ‘Hoje em dia a gente vive assustado com qualquer coisa. Confunde as coisas às vezes. Tem que andar na rua olhando para os lados porque a gente não sabe quem vem ao nosso lado’, relata a atendente Manoela de Jesus.
Histórias como estas fizeram com que vários bairros de Salvador se unissem esta tarde em uma grande corrente em nome da paz e da fraternidade.
O Mutirão pela Paz também reuniu integrantes de 22 paróquias da capital. Todos de branco, ocuparam as margens da Avenida Paralela com um só pedido. ‘Peça a paz com seu vizinho, com seus amigos, a todo momento. É muito importante’, ensina um dos integrantes.
‘A gente tem que ser mais solidário para que o mundo para que o mundo tenha mais paz’, alerta outra participante.
Fonte: Jornal O Correio (Com informações do BA TV)
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