domingo, 12 de dezembro de 2010

Ortopedista nega atendimento e motoqueiro espera três horas por cirurgia

Rapaz quebrou o fêmur e precisava de cirurgia. Médico só apareceu e fez o atendimento depois que a polícia foi chamada

O médico de plantão de um hospital de referência em ortopedia se recusou a receber um motociclista acidentado, transportado pelo Siate, na noite de sexta-feira (10) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. A ambulância ficou parada na frente do Hospital Vicentino por quase três horas. A Polícia Militar foi acionada e o médico só não foi levado em flagrante por omissão de socorro para não deixar sem atendimento os pacientes já internados.
Os problemas no atendimento de casos de urgência e emergência em Ponta Grossa se agravaram nas últimas duas semanas porque o Conselho Regional de Medicina (CRM) recomendou que o Hospital Municipal, que está desestruturado, não mais receba vítimas de trauma. As equipes de socorro foram orientadas a encaminhar os casos para outros hospitais da cidade.
A precariedade no sistema de atendimento de emergências em Ponta Grossa acabou afetando a vida de Rodrigo Rafael dos Santos Moraes, de 20 anos. O auxiliar de serviços gerais voltava do trabalho quando a moto que pilotava colidiu em um Fox no cruzamento da avenida Carlos Cavalcanti com a rua Dom Geraldo Pellanda, no centro da cidade. O Siate foi chamado e os socorristas concluíram que havia fratura de fêmur e comunicaram, por telefone, o hospital Vicentino que estavam encaminhando o paciente.
Ao chegarem à portaria, socorristas e acidentado foram informados que a internação não poderia ser feita. Segundo testemunhas, o médico de plantão não se deu o trabalho de ir até a ambulância. De dentro do hospital, e sem nem chegar perto do paciente para avaliar a gravidade do caso, disse que o acidentado deveria ser levado ao Hospital Municipal, que fica a 6 quilômetros e é indicado somente para casos simples. Ainda segundo informações de pessoas que estavam no Vicentino, não havia ortopedista no plantão na unidade que é referência regional em situações de trauma. O médico especialista estava em casa, de sobreaviso, e ao ser comunicado da situação, recomendou o encaminhamento para o Hospital Municipal.
Para não deixar Rodrigo sem atendimento médico, os socorristas chamaram uma ambulância do Samu, que foi até a porta do hospital Vicentino para medicar o acidentado. A Polícia Militar também foi acionada. O tenente Thiago de Oliveira disse que o médico seria preso por omissão de socorro, mas que a medida não foi necessária porque a internação acabou sendo negociada. Depois da chegada da polícia, o ortopedista acabou indo ao hospital, mas evitou a entrada principal. Mesmo de fora do hospital, era possível ouvir as reclamações dele, que questionava os socorristas por terem encaminhado o paciente para o Vicentino.
A superlotação e a falta de profissionais em número suficiente e de estrutura adequada no Hospital Municipal, administrado pela prefeitura, levaram o CRM a recomendar que a unidade não mais atenda casos de emergência e urgência que sejam considerados graves. A medida foi endossada pelo Ministério Público. Mesmo com suspensão dos serviços, pacientes continuam sendo levados para o Hospital Municipal por falta de vagas em outras unidades do município. O jogo de empurra-empurra só tem aumentado nos últimos dias.
Um socorrista ouvido pela reportagem conta que tem sido cada dia mais comum a peregrinação das ambulâncias, de hospital em hospital, até conseguir vaga para internar vítimas de traumas. Em tese, há uma semana, o Hospital Municipal só deve receber pacientes com ferimentos leves, como contusões e cortes, em ocorrências em que a pessoa esteja consciente e que não precise ser sedada.
A reportagem da Gazeta do Povo esteve no hospital na noite de sexta-feira e acompanhou a angústia da família de Rodrigo, à espera de atendimento. Helinton dos Santos Moraes, irmão da vítima, disse que era um absurdo Rodrigo estar na porta de um hospital, com a perna quebrada e com dores, sem que um médico o examinasse. Enquanto Rodrigo esperava na ambulância, outra viatura chegou ao hospital, trazendo um paciente com problemas clínicos, que foi prontamente atendido e internado.
Rodrigo precisou ser operado no hospital Vicentino e colocou um pino no fêmur da perna direita – procedimento que não pode ser feito no Hospital Municipal. Procurada, a direção do Vicentino não se pronunciou sobre o caso até o momento. Funcionários informaram que apenas na segunda-feira o hospital dará uma resposta sobre o caso. 
Gazeta do Povo


Acidentes provocam a morte de três motociclistas pelo RS neste sábado

Vítimas sofreram acidentes em Estância Velha, Eldorado do Sul e Bento Gonçalves

Três motociclistas morreram em acidentes ao longo deste sábado no Rio Grande do Sul. O último acidente ocorreu em Estância Velha, no km 231,6 da BR-116. De acordo com a Polícia Rodiviária Federal (PRF), uma colisão frontal envolvendo um Corsa e uma motocicleta Honda às 18h30min resultou na morte do condutor da moto Cristiano de Oliveira Bitencourt, de 37 anos.
Em Eldorado do Sul, outro acidente resultou na morte de mais um motoqueiro. Segundo a Brigada Militar, por volta das 17h20min, Rafael da Silva Alves, 28 anos, teria perdido o controle da motocicleta em uma via lateral da BR-116, na altura do quilômetro 285. Informações preliminares indicaram que o acidente teria ocorrido em via lateral da BR-290. O jovem colidiu contra uma mureta de concreto e não resistiu aos ferimentos, falencendo no local.

Em Bento Gonçalves, um acidente provocou a morte de um motoqueiro no início da manhã. Welington Torres Silva, 19 anos, trafegava pela Rua Goes Monteiro, no bairro São Francisco, quando perdeu o controle da moto e bateu em uma árvore, por volta das 6h30min. Segundo a delegada plantonista Maria Isabel Zerman, Silva voltava do trabalho quando se acidentou. Ele chegou a ser socorrido pelos bombeiros e encaminhado ao Hospital Tacchini, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.


Confira os acidentes com morte em 2010 no RS:


> SITE ESPECIAL: Famílias que perderam
seus jovens em acidentes de trânsito no RS

ZEROHORA.COM

 

Rio Grande do Sul: Carreta carregada de gasolina sai da pista na freeway

Duas faixas estão interditas por causa do acidente, já que a carga é altamente explosiva

Uma carreta carregada de gasolina de aviação, com placas de Canoas, saiu da pista no km 61 da BR-290 por volta das 6h30min, na altura de Gravataí. O acidente ocorreu no sentido Osório-Porto Alegre. O veículo está parado no canteiro lateral da rodovia.

A alta capacidade de explosão da carga fez com que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) interditasse duas faixas por questão de segurança ao longo de 1 km. Bombeiros e Fepam foram acionados, já que a carga está vazando combustível para um riacho no local.

Segundo o técnico José Ricardo Samberg, o combustível oferece o mesmo risco de explosão da gasolina comum.

_ Nos últimos cinco anos não registramos nenhuma situação como essa. Dentro de alguns minutos poderemos analisar melhor a situação_ disse Samberg.

O condutor ficou levemente ferido e foi conduzido ao Hospital Cristo Redentor, na Capital.
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