sábado, 20 de novembro de 2010
Colisão entre kombi, caminhão e caminhonete deixa um morto em rodovia na Região Norte
Acidente no final da tarde deixou um morto em Caseiros, na região norte do Estado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, uma Kombi, um caminhão e uma caminhonete colidiram por volta das 18h20min na altura do km 225 da BR-285.
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08:30
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Acidente deixa um homem morto e dois feridos na RS-020 em Taquara
Pelo menos uma das vítimas está presa nas ferragens
Um homem morreu e dois ficaram gravemente feridos em um acidente no km 45 da RS-020, em Taquara, no Vale do Paranhana. Por volta das 5h deste sábado, um automóvel Santana bateu no guard rail de uma ponte sobre o Rio dos Sinos. Pelo menos uma das vítimas está presa nas ferragens. A polícia está no local. O trânsito está em meia pista no trecho.
ZEROHORA.COM
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Juíza aposentada fugiu de blitz antes de se envolver em acidente na Capital, afirma policial
Sorento bateu em sete veículos no início da madrugada deste sábado
O acidente que deixou sete veículos danificados em um conhecido ponto boêmio da Capital na madrugada deste sábado começou com uma fuga de uma batida policial.
Uma juíza aposentada de 53 anos teria saído de um bar na Rua Joaquim Nabuco, bairro Cidade Baixa, dirigindo a sua caminhonete Sorento, quando foi abordada por policiais militares numa barreira. Ela ignorou a ordem para parar e acelerou o veículo em direção à Rua José do Patrocínio.
— Eu mandei parar, mas ela me disse que não ia parar coisa nenhuma e acelerou — conta o soldado Daniel Timm.
O veículo passou pelo cruzamento em alta velocidade, sem parar, e acabou colidindo contra um Peugeot 306. Mesmo com a batida, o Sorento desgovernado continuou avançando por mais alguns metros. Bateu na lateral de um Monza estacionado e só parou num Picasso, que, empurrado, engavetou outros três carros. Ninguém se feriu.
O veículo passou pelo cruzamento em alta velocidade, sem parar, e acabou colidindo contra um Peugeot 306. Mesmo com a batida, o Sorento desgovernado continuou avançando por mais alguns metros. Bateu na lateral de um Monza estacionado e só parou num Picasso, que, empurrado, engavetou outros três carros. Ninguém se feriu.
— Ela veio muito rápido e passou por cima do meu carro. Mesmo assim ela não parou — afirma o administrador José Maria Kroeff, dono do Peugeot, que saiu ileso apesar do susto.
A juíza foi levada em seguida pela Brigada Militar à Delegacia de Trânsito da Polícia Civil. Ela não aceitou fazer o teste do bafômetro. O laudo do Departamento Médico Legal foi inconclusivo, o que levou a delegada Clarissa Rodrigues a liberar a mulher. Como não houve flagrante, a magistrada não precisou pagar fiança. Responderá, no entanto, por embriaguez ao volante.
A juíza foi levada em seguida pela Brigada Militar à Delegacia de Trânsito da Polícia Civil. Ela não aceitou fazer o teste do bafômetro. O laudo do Departamento Médico Legal foi inconclusivo, o que levou a delegada Clarissa Rodrigues a liberar a mulher. Como não houve flagrante, a magistrada não precisou pagar fiança. Responderá, no entanto, por embriaguez ao volante.
ZEROHORA.COM
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Bagé/RS: Dois motociclistas morrem em acidente na zona Oeste
A colisão frontal de duas motocicletas resultou na morte de Adair José Ernandes Lamadril, 35 anos, e Edevar Santori da Silva Filho, 47 anos.
O acidente ocorreu por volta das 19h20min, na rua Átila Taborda, a principal via de acesso dos bairros da zona Oeste ao Centro.
Conforme testemunhas, no momento da batida não havia um grande fluxo de veículos no local.
Lamadril trabalhava na empresa de transporte coletivo Anversa e retornava para casa, no sentido centro-bairro. Santori, que seria motoboy, conduzia a motocicleta no sentido contrário, bairro-centro. Segundo informações extraoficiais, o motoboy estava em alta velocidade e perdeu o controle no final de uma curva. O funcionário da Anversa não conseguiu desviar. Lamadril morreu no local, já Santori foi levado para o Hospital da Santa Casa de Bagé, mas não resistiu aos ferimentos.
O local foi isolado pela Brigada Militar. A equipe volante da Polícia Civil realizou o levantamento de informações e fotográfico do local. Por volta das 21h30min, o corpo de Lamadril foi recolhido para o Departamento Médico Legal de Bagé. Alguns moradores reclamam que a curva onde aconteceu o acidente é perigosa, sem sinalização e, frequentemente, ocorrem acidentes.Lamadril trabalhava na empresa de transporte coletivo Anversa e retornava para casa, no sentido centro-bairro. Santori, que seria motoboy, conduzia a motocicleta no sentido contrário, bairro-centro. Segundo informações extraoficiais, o motoboy estava em alta velocidade e perdeu o controle no final de uma curva. O funcionário da Anversa não conseguiu desviar. Lamadril morreu no local, já Santori foi levado para o Hospital da Santa Casa de Bagé, mas não resistiu aos ferimentos.
Jornal Minuano
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Feriadão registra tantos acidentes quanto no carnaval, um dos piores do ano
A violência nas estradas atingiu índices assustadores neste feriado prolongado em comemoração à Proclamação da República. Da 0h de sexta à meia-noite de segunda-feira, 142 pessoas morreram nas vias federais brasileiras, uma a menos que no último carnaval, período tradicionalmente sangrento nas rodovias. Foram 2.525 acidentes com 1.486 feridos. Uma média de 15 vítimas a cada hora. Ou uma a cada quatro minutos.
Os dados, que fazem parte de balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), chocaram até mesmo os dirigentes da instituição. Na avaliação do coordenador-geral de operações da PRF, inspetor Alvarez Simões, uma série de fatores resultou na triste estatística. Primeiro, o tráfego intenso nas rodovias, o asfalto molhado por uma chuva pouco comum nesta época do ano e — como sempre — a imprudência dos motoristas. “O resultado disso tudo pode ser transformado em números: segundo feriado mais violento do ano, perdendo apenas para o carnaval, e o domingo aparecendo como o segundo dia mais violento de 2010”, lamentou Simões.
Uma comparação feita pela PRF entre o feriado da Proclamação da República e os últimos fins de semana do segundo semestre de 2010 (períodos de quatro dias, entre sexta e segunda-feira) mostra de forma ainda mais drástica a escalada da violência. Foram 458 acidentes, 36 mortes e 291 feridos a mais que a média dos fins de semana até agora. O inspetor da PRF Alexandre Castilho explica que a metodologia se deve à impossibilidade de comparar o mesmo feriado, que nos dois anos anteriores caíram no sábado ou domingo. “Fim de semana prolongado, para nós, é a sexta ou a segunda, quando realmente a população se sente encorajada a viajar. E esse foi o primeiro depois de seis meses”, afirma Castilho.
O jejum de um semestre sem viajar, na avaliação dos dirigentes da PRF, foi o responsável pelo volume grande de veículos transitando pelas vias. Para se ter ideia, na BR-381, que liga Belo Horizonte a Vitória, o tráfego aumentou em 50%, se comparado aos números do feriado de Finados, por exemplo. Na BR-290, principal acesso às praias do Rio Grande do Sul, houve trânsito de veículos superior a 60% do verificado em dias normais. Na BR-060, de ligação entre Brasília e Goiânia, o aumento da quantidade de carros foi de 40%, em média. Policiais federais atribuem parte da movimentação ao festival de música sertaneja realizado em Caldas Novas, Goiás.
Romeiros
Como habitual, devido à extensão da malha rodoviária e à quantidade de veículos, Minas Gerais aparece como recordista de acidentes (430), mortos (35) e feridos (250). Em seguida, no ranking de estados mais violentos, vem Pernambuco, com 13 óbitos em rodovias federais; seguido de Maranhão, onde houve 11 mortos; Rio Grande do Sul, com 10; e Pará, 7. Em Capanema, município paraense distante 160km de Belém, foi registrado um dos acidentes mais trágicos do feriado. Um ônibus bateu num carro de passeio, no domingo, matando na hora todos os cinco ocupantes do veículo.
Na noite de sexta-feira, em Minas Gerais, uma carreta saiu da BR-040 mas conseguiu retornar à via, momento em que bateu de frente em um carro que seguia no sentido contrário da rodovia. Quatro pessoas morreram na hora do acidente e uma foi resgatada com ferimentos sérios. Um desastre grave na BR-116, região de Guarulhos, em São Paulo, acabou com um morto. Era madrugada de domingo quando um ônibus lotado de romeiros que seguiam para Aparecida (SP) despencou de um barranco de 15 metros, após ser fechado por um carro. Policiais que fizeram as buscas chegaram a imaginar que haveria mais vítimas, dada a dimensão da tragédia e a quantidade de pessoas envolvidas.
Perigo nas ruas
Número de mortos entre sexta-feira e segunda-feira foi praticamente o mesmo do feriado de carnaval, um dos mais violentos do ano. Veja os dados sobre o feriado da Proclamação da República, divulgados pela Polícia Rodoviária Federal:
Ocorrência - Operação - Operação - Média dos fins de semana
República 2010 - Carnaval 2010 - do 2º semestre
Acidentes 2.525 - 3.233 - 2.067
Mortos 142 - 143 - 106
Feridos 1.486 - 1.912 - 1.195
Os dados, que fazem parte de balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), chocaram até mesmo os dirigentes da instituição. Na avaliação do coordenador-geral de operações da PRF, inspetor Alvarez Simões, uma série de fatores resultou na triste estatística. Primeiro, o tráfego intenso nas rodovias, o asfalto molhado por uma chuva pouco comum nesta época do ano e — como sempre — a imprudência dos motoristas. “O resultado disso tudo pode ser transformado em números: segundo feriado mais violento do ano, perdendo apenas para o carnaval, e o domingo aparecendo como o segundo dia mais violento de 2010”, lamentou Simões.
Uma comparação feita pela PRF entre o feriado da Proclamação da República e os últimos fins de semana do segundo semestre de 2010 (períodos de quatro dias, entre sexta e segunda-feira) mostra de forma ainda mais drástica a escalada da violência. Foram 458 acidentes, 36 mortes e 291 feridos a mais que a média dos fins de semana até agora. O inspetor da PRF Alexandre Castilho explica que a metodologia se deve à impossibilidade de comparar o mesmo feriado, que nos dois anos anteriores caíram no sábado ou domingo. “Fim de semana prolongado, para nós, é a sexta ou a segunda, quando realmente a população se sente encorajada a viajar. E esse foi o primeiro depois de seis meses”, afirma Castilho.
O jejum de um semestre sem viajar, na avaliação dos dirigentes da PRF, foi o responsável pelo volume grande de veículos transitando pelas vias. Para se ter ideia, na BR-381, que liga Belo Horizonte a Vitória, o tráfego aumentou em 50%, se comparado aos números do feriado de Finados, por exemplo. Na BR-290, principal acesso às praias do Rio Grande do Sul, houve trânsito de veículos superior a 60% do verificado em dias normais. Na BR-060, de ligação entre Brasília e Goiânia, o aumento da quantidade de carros foi de 40%, em média. Policiais federais atribuem parte da movimentação ao festival de música sertaneja realizado em Caldas Novas, Goiás.
Romeiros
Como habitual, devido à extensão da malha rodoviária e à quantidade de veículos, Minas Gerais aparece como recordista de acidentes (430), mortos (35) e feridos (250). Em seguida, no ranking de estados mais violentos, vem Pernambuco, com 13 óbitos em rodovias federais; seguido de Maranhão, onde houve 11 mortos; Rio Grande do Sul, com 10; e Pará, 7. Em Capanema, município paraense distante 160km de Belém, foi registrado um dos acidentes mais trágicos do feriado. Um ônibus bateu num carro de passeio, no domingo, matando na hora todos os cinco ocupantes do veículo.
Na noite de sexta-feira, em Minas Gerais, uma carreta saiu da BR-040 mas conseguiu retornar à via, momento em que bateu de frente em um carro que seguia no sentido contrário da rodovia. Quatro pessoas morreram na hora do acidente e uma foi resgatada com ferimentos sérios. Um desastre grave na BR-116, região de Guarulhos, em São Paulo, acabou com um morto. Era madrugada de domingo quando um ônibus lotado de romeiros que seguiam para Aparecida (SP) despencou de um barranco de 15 metros, após ser fechado por um carro. Policiais que fizeram as buscas chegaram a imaginar que haveria mais vítimas, dada a dimensão da tragédia e a quantidade de pessoas envolvidas.
Perigo nas ruas
Número de mortos entre sexta-feira e segunda-feira foi praticamente o mesmo do feriado de carnaval, um dos mais violentos do ano. Veja os dados sobre o feriado da Proclamação da República, divulgados pela Polícia Rodoviária Federal:
Ocorrência - Operação - Operação - Média dos fins de semana
República 2010 - Carnaval 2010 - do 2º semestre
Acidentes 2.525 - 3.233 - 2.067
Mortos 142 - 143 - 106
Feridos 1.486 - 1.912 - 1.195
CORREIO BRAZILIENSE
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terça-feira, 16 de novembro de 2010
Justiça só julgou um caso de motorista bêbado envolvido em acidente fatal
De 10 casos de condutores alcoolizados que causaram acidentes fatais no Distrito Federal desde o início da lei seca, em2008, apenas um foi condenado
A legislação que prevê punições mais severas para quem insiste em dirigir alcoolizado, em vigor há dois anos e quatro meses, ainda é ignorada por uma parcela considerável de motoristas. No Distrito Federal, a imprudência acabou flagrada 16.870 vezes desde 20 de junho de 2008, quando a lei seca começou a valer. Para alguns desses condutores, a decisão de dirigir sob o efeito de álcool custou vidas e os casos foram parar na Justiça. Até hoje, nem todos, porém, foram punidos.
O Correio selecionou os 10 acidentes fatais de maior repercussão no DF, no período da lei seca, em que os condutores estavam sob o efeito de álcool. Foi constatado que, de junho de 2008 pra cá, apenas um deles acabou condenado, com pena de 19 anos e seis meses de prisão. Três pessoas, entre elas, duas crianças, morreram em virtude da batida, que aconteceu na DF-190. Os demais envolvidos continuam postergando o julgamento ao dar entrada em sucessivos recursos na Justiça e respondem aos processos em liberdade. Pelo menos um deles reincidiu no crime e, mais uma vez, envolveu-se em um acidente de trânsito com vítima (ferida) e fugiu sem prestar socorro.
O levantamento feito pelo Correio mostra ainda que o Poder Judiciário decide de forma diferente casos aparentemente semelhantes. Enquanto apenas um dos 10 motoristas envolvidos em acidentes fatais foi condenado, outros dois respondem ao processo nas varas criminais comuns porque os promotores de Justiça ou os juízes entenderam que o réu não tinha a intenção de matar. Dos sete casos restantes, apenas um tem julgamento marcado para novembro de 2011. Os outros seis, tramitam em algum dos tribunais do júri do Distrito Federal, mas os magistrados ainda não decidiram se vão pronunciar os réus por homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar ao adotar determinada conduta (veja quadro).
Titular da 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Planaltina, Viviane Caldas explica que para esses casos não existe fórmula. “Não é só porque bebeu, dirigiu e se envolveu em acidente fatal que o réu deve ser denunciado por homicídio com dolo. Vários fatores devem ser observados: a velocidade do veículo, se prestou socorro à vítima, se tentou frear o carro, se chovia ou não, as condições de iluminação da pista. Tudo tem que ser avaliado.”
O resultado da falta de uniformidade de entendimento no Judiciário sobre a conduta de quem dirige alcoolizado e mata é o sentimento de injustiça. Durante a semana, o Correio conversou com duas famílias que tiveram as vidas transformadas pela combinação desastrosa de bebida e direção, mas que estão de lados opostos. A contadora Butitiere Fernanda de Assis, 28, enterrou a filha Giovanna Vitória Assis, atropelada e morta aos 5 anos quando atravessava uma faixa de pedestres na companhia da babá, em Planaltina. O condutor estava alcoolizado. Já Maria*, 41 anos, é mulher do único motorista condenado pela Justiça após a vigência da lei seca, por ter se envolvido em um acidente fatal sob o efeito de álcool. A família dela também está destroçada.
Moral conservadora
Na avaliação do presidente da Em Trânsito Consultoria de Segurança no Trânsito, Eduardo Biavati, o Poder Judiciário ainda tem dificuldade para entender que, dependendo das circunstâncias, uma colisão de trânsito não é acidental. “É a moral conservadora da Justiça brasileira. Isso vem mudando de forma muito lenta e, de juiz para juiz. Mas predomina a ideologia de que tudo o que acontece no trânsito é sem querer, sem intenção”, lamenta.
Nesse cenário, segundo Biavati, quem pode pagar um advogado para entrar com recursos e protelar a decisão, acaba escapando das punições, o que não ocorre somente com as mortes no trânsito. “De forma geral, tem havido condenações e entendimentos de que o condutor agiu com dolo. Mas a demora é tão grande que gera a sensação de impunidade”, explica.
Autor da lei seca, o deputado federal Hugo Leal (PSC) acredita que a legislação deu ao Judiciário o amparo para punir de forma mais rigorosa o condutor alcoolizado que se envolve em acidente de trânsito fatal. Mas considera que a lei pode e deve ser aprimorada. “Desde 2009, estamos trabalhando para incluir, no artigo 306, que trata do crime de dirigir alcoolizado, a questão que já existia na lei anterior, que é o notório sinal de embriaguez”, destaca. “Mas de forma geral, acho que ninguém quer acabar com a Lei Seca. Ela ainda teve o mérito de mudar a forma como o trânsito sempre foi tratado”, finalizou. O Correio fez contato com os advogados de defesa de Igor Rezende, Nilton César, Ítalo Pinheiro e Wanderson Nunes. Nenhum deles retornou os recados deixados. Os defensores dos demais motoristas não foram localizados pela reportagem.
Como estão os processos
1 – Jonair da Silva e Lima, 33 anos
Em 4 de setembro deste ano, três pessoas morreram e quatro ficaram feridas em um acidente envolvendo dois carros no Lago Oeste. Um Uno, conduzido por Jonair da Silva e Lima, 33 anos, atropelou duas pessoas e bateu em outro veículo. Ele estava alcoolizado e foi preso em flagrante, mas liberado poucos dias depois. Em 20 de setembro, conquistou a liberdade provisória. O caso tramita no Tribunal do Júri de Sobradinho.
2 – Nilton César Ribeiro Costa
Nilton César Ribeiro Costa, 38 anos, dirigia uma Kombi próximo ao Condomínio Privê, no Setor O, quando teria fechado um motociclista de 33 anos que seguia no mesmo sentido. O acidente foi em 6 de março deste ano e o motorista tentou fugir, mas foi parado por populares. O teste do bafômetro apontou que ele tinha bebido. Em 5 de outubro, o juiz Wagno Antônio de Souza decidiu que o réu não agiu com dolo e que a vítima teria contribuído com o acidente por estar alcoolizada e em alta velocidade.
3 – João*
Apenas oito dias após a lei seca entrar em vigor, em 28 de junho de 2008, João invadiu a contramão e bateu em um Santana dirigido por William Gomes da Silva, 32 anos na DF-190. A mulher dele, o filho do casal de apenas 4 anos e um sobrinho de 2 morreram na hora. Apenas William e a sogra sobreviveram. O teste do bafômetro acusou teor alcoólico de 1,24mg/l. Ele foi preso em flagrante e respondeu ao processo atrás das grades. Em novembro de 2009, foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão. Em 7 de outubro deste ano, a pena foi reduzida para 15 anos.
4 – Igor Rezende Borges
Em 27 de abril de 2008, ele invadiu a pista contrária e bateu de frente em um Vectra na DF-001. Cinco pessoas morreram e duas ficaram feridas. Segundo o denúncia do MP, o jovem estava alcoolizado e dirigia na contramão “em busca de aventura”. O magistrado decidiu que ele será julgado pelo júri popular. A defesa recorreu e, em novembro de 2008, conseguiu derrubar duas qualificadoras da denúncia: motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima. O MP recorreu e aguarda decisão do Superior Tribunal de Justiça.
5 – José Lopes Filho
Em 6 de agosto de 2008, o aposentado José Gonçalves de Souza, 70 anos, seguia em uma bicicleta pela Quadra 1K de Arapoanga (Planaltina) quando foi atingido por um Corsa e morreu na hora. O condutor fugiu sem prestar socorro, mas foi preso horas depois. Na delegacia, foi constatado que o motorista José Lopes Filho, 30, estava alcoolizado. O processo tramita no Tribunal do Júri de Planaltina. O julgamento está marcado para 9 de novembro de 2011. José Lopes também responde, desde fevereiro deste ano, pelo crime de constrangimento ilegal, dirigir sem habilitação e não prestar socorro a vítima de acidente.
6 – Ítalo Pinheiro de Almeida
Em 23 de maio de 2009, Yasmin Alice Martins Jesus, 5, foi atropelada em frente à casa da família, em Taguatinga. O motorista Ítalo Pinheiro de Almeida, 26 anos,
fugiu sem prestar socorro. Admitiu ter ingerido meia garrafa de cerveja e foi denunciado pelo MP por homicídio doloso. O juiz decidirá
se ele irá a júri popular. Não há prazo estipulado para que o magistrado tome a decisão.
7 – Bruno Morais Dantas
Pedro Gonçalves da Costa, 16 anos, foi atropelado na 512 Sul em 7 de junho do ano passado. O motorista que o atingiu foi o estudante de administração Bruno Morais Dantas, 21. O universitário voltava de uma festa no Lago Sul e não parou para prestar socorro. O teste do bafômetro acusou 0,53 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. Em 27 de julho deste ano, o juiz Fábio Francisco Esteves decidiu que o caso será levado ao Tribunal do Júri. A defesa recorreu. Em 4 de novembro, a 2ª Turma Criminal negou o recurso.
8 – Wanderson Nunes Silva
Elias Rodrigues da Silva Neto, 28, estava de bicicleta quando foi atropelado por Wanderson Nunes Silva, 33, em Ceilândia Sul, em 7 de junho do ano passado. O teste do bafômetro acusou 0,39 miligrama de álcool por litro de ar. Wanderson responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O processo está em fase de instrução, quando réu, testemunhas de defesa e de acusação são ouvidos pelo juiz.
9 – José de Araújo Arruda
Em 4 de abril de 2009, José de Araújo Arruda, 33 anos, dirigia sua caminhonete L-200 Mitsubishi, quando subiu no canteiro, entrou na contramão e bateu em um ônibus. Os passageiros da L-200, o pai e o irmão da namorada dele, morreram. O teste de bafômetro registrou teor de 1,16mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. Em 5 de julho, o juiz acatou denúncia do MP. O magistrado ainda precisa decidir se Bruno Arruda irá a júri popular ou responderá na vara criminal comum.
10 – David Silva da Rocha
Em 19 de dezembro, o professor David Silva da Rocha, 46 anos, atropelou Giovanna Vitória de Assis, 5, e a babá Francilda da Paz, 36, quando elas atravessavam a rua em uma faixa de pedestres em Planaltina. Após seis dias em coma, a menina morreu. A babá teve fraturas no braço e no pé.
Em 3 de setembro, o juiz Ademar Silva de Vasconcelos, do Tribunal do Júri de Planaltina, decidiu que o caso deve ser julgado pelo júri popular. A defesa recorreu. Não há previsão de quando o recurso será julgado pelo TJDFT.
*O nome é fictício para não expor as filhas do condenado e em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Lei reduziu mortes
» Em junho de 2010, o Detran- DF divulgou um balanço relativo aos dois primeiros anos da lei seca. No primeiro ano de vigência, o número de acidentes e vítimas diminuiu 16,9% e 15,6%, respectivamente. No ano seguinte, o ritmo de queda foi menos acelerado. Entre junho de 2009 e junho de 2010, houve uma queda de 14,7% no número de acidentes e 13,6% no de vítimas. O órgão traçou ainda um perfil dos motoristas alcoolizados que morreram no local do acidente entre julho de 2008 e dezembro de 2009. Quase todos são homens
(97%) e 68,4% têm entre 20 e 39 anos.
CORREIO BRAZILIENSE
O Correio selecionou os 10 acidentes fatais de maior repercussão no DF, no período da lei seca, em que os condutores estavam sob o efeito de álcool. Foi constatado que, de junho de 2008 pra cá, apenas um deles acabou condenado, com pena de 19 anos e seis meses de prisão. Três pessoas, entre elas, duas crianças, morreram em virtude da batida, que aconteceu na DF-190. Os demais envolvidos continuam postergando o julgamento ao dar entrada em sucessivos recursos na Justiça e respondem aos processos em liberdade. Pelo menos um deles reincidiu no crime e, mais uma vez, envolveu-se em um acidente de trânsito com vítima (ferida) e fugiu sem prestar socorro.
O levantamento feito pelo Correio mostra ainda que o Poder Judiciário decide de forma diferente casos aparentemente semelhantes. Enquanto apenas um dos 10 motoristas envolvidos em acidentes fatais foi condenado, outros dois respondem ao processo nas varas criminais comuns porque os promotores de Justiça ou os juízes entenderam que o réu não tinha a intenção de matar. Dos sete casos restantes, apenas um tem julgamento marcado para novembro de 2011. Os outros seis, tramitam em algum dos tribunais do júri do Distrito Federal, mas os magistrados ainda não decidiram se vão pronunciar os réus por homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar ao adotar determinada conduta (veja quadro).
Titular da 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Planaltina, Viviane Caldas explica que para esses casos não existe fórmula. “Não é só porque bebeu, dirigiu e se envolveu em acidente fatal que o réu deve ser denunciado por homicídio com dolo. Vários fatores devem ser observados: a velocidade do veículo, se prestou socorro à vítima, se tentou frear o carro, se chovia ou não, as condições de iluminação da pista. Tudo tem que ser avaliado.”
O resultado da falta de uniformidade de entendimento no Judiciário sobre a conduta de quem dirige alcoolizado e mata é o sentimento de injustiça. Durante a semana, o Correio conversou com duas famílias que tiveram as vidas transformadas pela combinação desastrosa de bebida e direção, mas que estão de lados opostos. A contadora Butitiere Fernanda de Assis, 28, enterrou a filha Giovanna Vitória Assis, atropelada e morta aos 5 anos quando atravessava uma faixa de pedestres na companhia da babá, em Planaltina. O condutor estava alcoolizado. Já Maria*, 41 anos, é mulher do único motorista condenado pela Justiça após a vigência da lei seca, por ter se envolvido em um acidente fatal sob o efeito de álcool. A família dela também está destroçada.
Moral conservadora
Na avaliação do presidente da Em Trânsito Consultoria de Segurança no Trânsito, Eduardo Biavati, o Poder Judiciário ainda tem dificuldade para entender que, dependendo das circunstâncias, uma colisão de trânsito não é acidental. “É a moral conservadora da Justiça brasileira. Isso vem mudando de forma muito lenta e, de juiz para juiz. Mas predomina a ideologia de que tudo o que acontece no trânsito é sem querer, sem intenção”, lamenta.
Nesse cenário, segundo Biavati, quem pode pagar um advogado para entrar com recursos e protelar a decisão, acaba escapando das punições, o que não ocorre somente com as mortes no trânsito. “De forma geral, tem havido condenações e entendimentos de que o condutor agiu com dolo. Mas a demora é tão grande que gera a sensação de impunidade”, explica.
Autor da lei seca, o deputado federal Hugo Leal (PSC) acredita que a legislação deu ao Judiciário o amparo para punir de forma mais rigorosa o condutor alcoolizado que se envolve em acidente de trânsito fatal. Mas considera que a lei pode e deve ser aprimorada. “Desde 2009, estamos trabalhando para incluir, no artigo 306, que trata do crime de dirigir alcoolizado, a questão que já existia na lei anterior, que é o notório sinal de embriaguez”, destaca. “Mas de forma geral, acho que ninguém quer acabar com a Lei Seca. Ela ainda teve o mérito de mudar a forma como o trânsito sempre foi tratado”, finalizou. O Correio fez contato com os advogados de defesa de Igor Rezende, Nilton César, Ítalo Pinheiro e Wanderson Nunes. Nenhum deles retornou os recados deixados. Os defensores dos demais motoristas não foram localizados pela reportagem.
Como estão os processos
1 – Jonair da Silva e Lima, 33 anos
Em 4 de setembro deste ano, três pessoas morreram e quatro ficaram feridas em um acidente envolvendo dois carros no Lago Oeste. Um Uno, conduzido por Jonair da Silva e Lima, 33 anos, atropelou duas pessoas e bateu em outro veículo. Ele estava alcoolizado e foi preso em flagrante, mas liberado poucos dias depois. Em 20 de setembro, conquistou a liberdade provisória. O caso tramita no Tribunal do Júri de Sobradinho.
2 – Nilton César Ribeiro Costa
Nilton César Ribeiro Costa, 38 anos, dirigia uma Kombi próximo ao Condomínio Privê, no Setor O, quando teria fechado um motociclista de 33 anos que seguia no mesmo sentido. O acidente foi em 6 de março deste ano e o motorista tentou fugir, mas foi parado por populares. O teste do bafômetro apontou que ele tinha bebido. Em 5 de outubro, o juiz Wagno Antônio de Souza decidiu que o réu não agiu com dolo e que a vítima teria contribuído com o acidente por estar alcoolizada e em alta velocidade.
3 – João*
Apenas oito dias após a lei seca entrar em vigor, em 28 de junho de 2008, João invadiu a contramão e bateu em um Santana dirigido por William Gomes da Silva, 32 anos na DF-190. A mulher dele, o filho do casal de apenas 4 anos e um sobrinho de 2 morreram na hora. Apenas William e a sogra sobreviveram. O teste do bafômetro acusou teor alcoólico de 1,24mg/l. Ele foi preso em flagrante e respondeu ao processo atrás das grades. Em novembro de 2009, foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão. Em 7 de outubro deste ano, a pena foi reduzida para 15 anos.
4 – Igor Rezende Borges
Em 27 de abril de 2008, ele invadiu a pista contrária e bateu de frente em um Vectra na DF-001. Cinco pessoas morreram e duas ficaram feridas. Segundo o denúncia do MP, o jovem estava alcoolizado e dirigia na contramão “em busca de aventura”. O magistrado decidiu que ele será julgado pelo júri popular. A defesa recorreu e, em novembro de 2008, conseguiu derrubar duas qualificadoras da denúncia: motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima. O MP recorreu e aguarda decisão do Superior Tribunal de Justiça.
5 – José Lopes Filho
Em 6 de agosto de 2008, o aposentado José Gonçalves de Souza, 70 anos, seguia em uma bicicleta pela Quadra 1K de Arapoanga (Planaltina) quando foi atingido por um Corsa e morreu na hora. O condutor fugiu sem prestar socorro, mas foi preso horas depois. Na delegacia, foi constatado que o motorista José Lopes Filho, 30, estava alcoolizado. O processo tramita no Tribunal do Júri de Planaltina. O julgamento está marcado para 9 de novembro de 2011. José Lopes também responde, desde fevereiro deste ano, pelo crime de constrangimento ilegal, dirigir sem habilitação e não prestar socorro a vítima de acidente.
6 – Ítalo Pinheiro de Almeida
Em 23 de maio de 2009, Yasmin Alice Martins Jesus, 5, foi atropelada em frente à casa da família, em Taguatinga. O motorista Ítalo Pinheiro de Almeida, 26 anos,
fugiu sem prestar socorro. Admitiu ter ingerido meia garrafa de cerveja e foi denunciado pelo MP por homicídio doloso. O juiz decidirá
se ele irá a júri popular. Não há prazo estipulado para que o magistrado tome a decisão.
7 – Bruno Morais Dantas
Pedro Gonçalves da Costa, 16 anos, foi atropelado na 512 Sul em 7 de junho do ano passado. O motorista que o atingiu foi o estudante de administração Bruno Morais Dantas, 21. O universitário voltava de uma festa no Lago Sul e não parou para prestar socorro. O teste do bafômetro acusou 0,53 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. Em 27 de julho deste ano, o juiz Fábio Francisco Esteves decidiu que o caso será levado ao Tribunal do Júri. A defesa recorreu. Em 4 de novembro, a 2ª Turma Criminal negou o recurso.
8 – Wanderson Nunes Silva
Elias Rodrigues da Silva Neto, 28, estava de bicicleta quando foi atropelado por Wanderson Nunes Silva, 33, em Ceilândia Sul, em 7 de junho do ano passado. O teste do bafômetro acusou 0,39 miligrama de álcool por litro de ar. Wanderson responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O processo está em fase de instrução, quando réu, testemunhas de defesa e de acusação são ouvidos pelo juiz.
9 – José de Araújo Arruda
Em 4 de abril de 2009, José de Araújo Arruda, 33 anos, dirigia sua caminhonete L-200 Mitsubishi, quando subiu no canteiro, entrou na contramão e bateu em um ônibus. Os passageiros da L-200, o pai e o irmão da namorada dele, morreram. O teste de bafômetro registrou teor de 1,16mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. Em 5 de julho, o juiz acatou denúncia do MP. O magistrado ainda precisa decidir se Bruno Arruda irá a júri popular ou responderá na vara criminal comum.
10 – David Silva da Rocha
Em 19 de dezembro, o professor David Silva da Rocha, 46 anos, atropelou Giovanna Vitória de Assis, 5, e a babá Francilda da Paz, 36, quando elas atravessavam a rua em uma faixa de pedestres em Planaltina. Após seis dias em coma, a menina morreu. A babá teve fraturas no braço e no pé.
Em 3 de setembro, o juiz Ademar Silva de Vasconcelos, do Tribunal do Júri de Planaltina, decidiu que o caso deve ser julgado pelo júri popular. A defesa recorreu. Não há previsão de quando o recurso será julgado pelo TJDFT.
*O nome é fictício para não expor as filhas do condenado e em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Lei reduziu mortes
» Em junho de 2010, o Detran- DF divulgou um balanço relativo aos dois primeiros anos da lei seca. No primeiro ano de vigência, o número de acidentes e vítimas diminuiu 16,9% e 15,6%, respectivamente. No ano seguinte, o ritmo de queda foi menos acelerado. Entre junho de 2009 e junho de 2010, houve uma queda de 14,7% no número de acidentes e 13,6% no de vítimas. O órgão traçou ainda um perfil dos motoristas alcoolizados que morreram no local do acidente entre julho de 2008 e dezembro de 2009. Quase todos são homens
(97%) e 68,4% têm entre 20 e 39 anos.
CORREIO BRAZILIENSE
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INDIGNAÇÃO...
Minas Gerais tem feriado mais violento do ano nas estradas federais, com 35 mortes. Uma carnificina. Para alguns destes o SISTECC seria a diferença entre a vida e a morte. 35 Morreram na hora e mais 250 ficaram feridos. Com certeza absoluta, infelizmente, o número de mortes será 3 vezes o da manchete. Indignação! Fazem 2 anos que um projeto para reduzir as mortes está no DENATRAN/CONTRAN. Um projeto que tem o apoio de várias entidades, autoridades e personalidades deste país. Onde está o Ministro Márcio Fortes? Ele passou pela perda de um filho no trânsito. Hipocrisia de "alguns" veículos de mídia não divulgarem porque existe interesse financeiro. Quem tem interesse financeiro nas mortes? Só em Minas e Rio Grande do Sul foram 55 mortes e mais de 300 feridos (hospitais lotados). Dezenas ficarão paraplégicos ou tetraplégicos. Quem precisará morrer?
O SISTECC (Sistema Externo de Controle do Cinto) é brasileiro e não pertence a uma empresa poderosa e sim a um cidadão. Nos perguntamos se Santo de Casa faz milagre, o milagre da vida!
Continuaremos nossa luta, pois é dificil saber que vidas poderiam ser salvas com um projeto que basta algumas assinaturas (Resolução do CONTRAN) e não saber em que gaveta está.
Este é um sonho que não sonhamos só.
Nota do Blog
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MG tem feriado mais violento do ano nas estradas federais, com 35 mortes
Ao todo, 250 pessoas ficaram feridas.
Segundo a PRF, foram registrados 434 acidentes.
Trinta e cinco pessoas morreram nas estradas federais que cortam Minas Gerais, durante o feriado prolongado da Proclamação da República, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O número é maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando morreram 23 pessoas. De acordo com os dados da PRF, este feriado foi o mais violento em Minas, superando os números registrados em Finados, na Semana Santa e no carnaval. O estado tem a maior malha viária do Brasil.
Em um único acidente, quatro pessoas morreram no início do feriado na BR-040, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a (PRF), uma carreta que seguia no sentido Rio de Janeiro invadiu a pista contrária e bateu em um carro de passeio, onde estavam as vítimas que morreram na hora. Neste sábado (13), outro grave acidente deixou mais três mortos na BR-267, na região sul do estado.
Além das mortes, o número de feridos e de acidentes confirmaram a violência das rodovias. Ao todo 250 pessoas ficaram feridas em acidentes no feriado. No mesmo período no ano passado, as estradas federais que cortam Minas tiveram 221 feridos.
Na BR-460, também no sul de Minas, 45 passageiros de um ônibus foram socorridos depois que o veículo tombou no fim de semana. Eles saíram do município mineiro de Olímpio Noronha em direção à cidade de Aparecida, no interior de São Paulo.
O número de acidentes também foi superior ao de 2009. Foram registrados 434 acidentes em 2010 contra 367 do ano passado.
Na Semana Santa, conforme balanço divulgado no período pela PRF, 27 pessoas morreram. Os números superaram o do carnaval, com 26 mortes.
Em relação às estradas estaduais que cortam Minas, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) também divulga o balanço final nesta terça-feira (16).
g1.globo.com
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Colisão em Bagé eleva para 17 o número de mortes em acidentes no feriado
Motociclista bateu contra poste no perímetro urbano do município
Chega a 17 o número de pessoas que perderam a vida em acidentes de trânsito no Estado desde a tarde da sexta-feira. A última ocorrência foi registrada às 5h45min desta segunda-feira em Bagé, no Sudoeste do Estado. O motociclista Melquíades Fernando de Lima Filho, de 30 anos, perdeu o controle do veículo e colidiu contra um poste da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) no trevo da avenida São Judas e rua José do Patrocínio.
Correio do Povo
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Feriadão tem 16 mortes no trânsito gaúcho
Desde sexta-feira, pelo menos 16 mortes foram registradas no trânsito do RS. A contagem é feita das 12h de sexta até as 12h de terça-feira. Abaixo, confira a relação das mortes.
>Site especial: Vidas ausentes: famílias
que perderam seus jovens em acidentes
Confira os acidentes com morte em 2010 no RS:
As vítimas neste feriadão
(notícia logo abaixo)
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Mortes sem freio
Dizem que a pior dor é a da mãe que perdeu um filho. Nos primeiros dez meses deste ano, pelo menos 360 mulheres sentiram essa dor, após os filhos morrerem vítimas no trânsito em rodovias federais, no Estado, e em vias estaduais e municipais da Grande Vitória. Dona Acyoman Pernambuco de Paula sentiu a perda na semana passada, após Joyce e Jamile, filhas dela, morrerem num acidente.
Leia mais:
A cada acidente grave, parentes de vítimas revivem a dor da perda
A GAZETA perguntou a especialistas o que pode ser feito para reduzir a média de 600 mortes, por ano, em todo o Estado; 37 mil, no Brasil. Eles sugerem mudanças na legislação brasileira, nas estruturas viária e de fiscalização e ainda no comportamento do condutor.
"O comportamento no trânsito é cultural, assim como a transgressão às leis. Para conseguir mudar a atitude do brasileiro ao volante, é necessário mudar o comportamento da sociedade, construir uma nova geração de motoristas", frisa a diretora técnica do Detran-ES, Rosane Giuberti.
As ações surgiriam em três direções: mais informação sobre o trânsito nas escolas (promessas para 2011, em escolas da rede pública estadual), mudança de comportamento entre pais e filhos, além de campanhas nacionais educativas e massivas para alterar a cultura do condutor - nesse caso, com legislação e fiscalização mais ativas.
"A criança, por exemplo, até pode aprender na escola o que é certo e o respeito à lei. Mas isso de nada adianta se o pai dirige depois de beber, não usa o cinto, fala ao celular ou para em fila dupla. A criança vai achar normal infringir a lei, pois o pai infringe e não é multado", pondera Giuberti.
Um estudo do Detran reforça o desrespeito às leis: 63% dos entrevistados afirmam que dirigiriam mesmo depois de beber, e 12% já fizeram isso.
Todos os especialistas de trânsito ouvidos por A GAZETA defenderam a mudança nas leis. Seriam alterações no Código de Trânsito e na Política Nacional sobre o Álcool. "Temos que mudar a lei de trânsito para ter uma punição mais severa, mas também temos que nos preocupar com a prevenção, pensar em evitar que as pessoas possam dirigir após beber, por exemplo", defende o delegado Paulo César Ferreira, titular da Delegacia de Delitos de Trânsito.
Os Detrans querem mudar a lei: aumentar a punição para quem dirige embriagado e tornar a tolerância realmente zero - se estiver bêbado, dirigindo e causando algum risco a terceiros, o condutor será preso. "Não dá para permitir que o condutor saia impune", frisa o diretor-geral do Detran, Marcelo Ferraz. E os Detrans ainda querem um Denatran (órgão nacional) mais ativo.
Mas, como afirma o delegado, é preciso prevenir: "É ilusão acreditar que o Direto Penal é a garantia de todos os problemas. Quem reduziu esses números, como os Estados Unidos e países da Europa, limitou horário de funcionamento de bares e locais de venda de bebidas", diz Ferreira.
Curvas, vias estreitas, falta de sinalização... Os problemas são apontados, sempre, pelos condutores, mas quem atua no setor reconhece os riscos das estruturas viárias do país, assim como na falta de estrutura de fiscalização.
"Buracos e falta de sinalização ajudam a manter a taxa alta de mortes, assim como o desenho das vias, construídas há décadas, quando não havia muitos carros. Curvas sinuosas, subidas e descidas, além de vias estreitas, sem acostamento, facilitam um acidente fatal", diz o inspetor Emanoel Oliveira, chefe do Núcleo de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal.
A PRF afirma que 90% dos acidentes são causados pelo condutor, após alguma infração. Mas sabe que uma via mais larga, duplicada, pode ajudar a evitar ultrapassagens em local indevido.
Mesmo assim, sem estrutura na fiscalização, fica difícil saber quem infringe a lei e quando. Há três anos não há radar em BRs, e o efetivo para cobrir todo o Estado é de 203 policiais. Além disso, só quatro das 78 prefeituras capixabas municipalizaram o trânsito.
"Minha família parou de dirigir após beber"
Diogo Vanderlei Tavares
Vítima de acidente de trânsito
Profissão:
Técnico de elevador
Idade:
24 anos
Diogo Tavares é mais um entre os milhares de capixabas vítimas do trânsito; são 20 mil acidentados, por ano, em média. Depois de ele ter virado um sobrevivente, sua família mudou de atitude. "Ninguém mais dirige depois de beber", diz Diogo. E nem era o jovem quem havia bebido. O motorista que passou com o caminhão por cima dele é quem estava embriagado, dirigindo pela avenida que fica na orla de Itaparica, em Vila Velha. A audiência com o juiz será no próximo dia 17, quatro dias antes do "Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito" - decretado pela ONU e comemorado no terceiro domingo de novembro.
Você se lembra do acidente? Só lembro que vi um vulto, senti o choque e fui jogado. Ao ver o sangue, peguei o celular. Mas um cara passou, pegou meu telefone, disse que ia falar por mim e foi embora. Ele me roubou. Então peguei o celular do trabalho e fiz o contato.
Sua mãe viu você no local? Ela foi me ver no hospital. Quando passou pela orla de Itaparica (em Vila Velha) e viu a cena do acidente, pensou que eu havia morrido. Só se tranquilizou ao saber que eu estava na cirurgia. Acho que estou vivo graças ao capitão Wagner, do Corpo de Bombeiros. Ele mora próximo do local onde o caminhão me atropelou, no dia 29 de novembro de 2009. Está próximo de fazer um ano.
Você perdoaria o caminhoneiro? Já falou com ele? Nunca o vi. Dizem que o motorista sumiu. Gostaria de ter a chance de falar com ele, saber por que bebeu tanto naquele dia, se não se sente culpado... Mas não sei se ele teria coragem.
Mas você o perdoaria? Não sei. Eu quero é justiça. Falta justiça nos casos de trânsito. As pessoas devem ser punidas, principalmente quando dirigem bêbadas.
E o que mudou depois do acidente? Fiquei 49 dias internado. Não sei como minha esposa conseguiu me suportar. Ela saiu do emprego para ficar comigo 24 horas por dia. Perdi parte da perna esquerda e estou desde janeiro em fisioterapia. Mas a mudança maior foi na minha família. Ninguém mais dirige depois de beber. Depois do acidente, ninguém mais dirigiu bêbado.
Leia mais:
A cada acidente grave, parentes de vítimas revivem a dor da perda
A GAZETA perguntou a especialistas o que pode ser feito para reduzir a média de 600 mortes, por ano, em todo o Estado; 37 mil, no Brasil. Eles sugerem mudanças na legislação brasileira, nas estruturas viária e de fiscalização e ainda no comportamento do condutor.
"O comportamento no trânsito é cultural, assim como a transgressão às leis. Para conseguir mudar a atitude do brasileiro ao volante, é necessário mudar o comportamento da sociedade, construir uma nova geração de motoristas", frisa a diretora técnica do Detran-ES, Rosane Giuberti.
As ações surgiriam em três direções: mais informação sobre o trânsito nas escolas (promessas para 2011, em escolas da rede pública estadual), mudança de comportamento entre pais e filhos, além de campanhas nacionais educativas e massivas para alterar a cultura do condutor - nesse caso, com legislação e fiscalização mais ativas.
"A criança, por exemplo, até pode aprender na escola o que é certo e o respeito à lei. Mas isso de nada adianta se o pai dirige depois de beber, não usa o cinto, fala ao celular ou para em fila dupla. A criança vai achar normal infringir a lei, pois o pai infringe e não é multado", pondera Giuberti.
Um estudo do Detran reforça o desrespeito às leis: 63% dos entrevistados afirmam que dirigiriam mesmo depois de beber, e 12% já fizeram isso.
Todos os especialistas de trânsito ouvidos por A GAZETA defenderam a mudança nas leis. Seriam alterações no Código de Trânsito e na Política Nacional sobre o Álcool. "Temos que mudar a lei de trânsito para ter uma punição mais severa, mas também temos que nos preocupar com a prevenção, pensar em evitar que as pessoas possam dirigir após beber, por exemplo", defende o delegado Paulo César Ferreira, titular da Delegacia de Delitos de Trânsito.
Os Detrans querem mudar a lei: aumentar a punição para quem dirige embriagado e tornar a tolerância realmente zero - se estiver bêbado, dirigindo e causando algum risco a terceiros, o condutor será preso. "Não dá para permitir que o condutor saia impune", frisa o diretor-geral do Detran, Marcelo Ferraz. E os Detrans ainda querem um Denatran (órgão nacional) mais ativo.
Mas, como afirma o delegado, é preciso prevenir: "É ilusão acreditar que o Direto Penal é a garantia de todos os problemas. Quem reduziu esses números, como os Estados Unidos e países da Europa, limitou horário de funcionamento de bares e locais de venda de bebidas", diz Ferreira.
Curvas, vias estreitas, falta de sinalização... Os problemas são apontados, sempre, pelos condutores, mas quem atua no setor reconhece os riscos das estruturas viárias do país, assim como na falta de estrutura de fiscalização.
"Buracos e falta de sinalização ajudam a manter a taxa alta de mortes, assim como o desenho das vias, construídas há décadas, quando não havia muitos carros. Curvas sinuosas, subidas e descidas, além de vias estreitas, sem acostamento, facilitam um acidente fatal", diz o inspetor Emanoel Oliveira, chefe do Núcleo de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal.
A PRF afirma que 90% dos acidentes são causados pelo condutor, após alguma infração. Mas sabe que uma via mais larga, duplicada, pode ajudar a evitar ultrapassagens em local indevido.
Mesmo assim, sem estrutura na fiscalização, fica difícil saber quem infringe a lei e quando. Há três anos não há radar em BRs, e o efetivo para cobrir todo o Estado é de 203 policiais. Além disso, só quatro das 78 prefeituras capixabas municipalizaram o trânsito.
"Minha família parou de dirigir após beber"
Diogo Vanderlei Tavares
Vítima de acidente de trânsito
Profissão:
Técnico de elevador
Idade:
24 anos
Diogo Tavares é mais um entre os milhares de capixabas vítimas do trânsito; são 20 mil acidentados, por ano, em média. Depois de ele ter virado um sobrevivente, sua família mudou de atitude. "Ninguém mais dirige depois de beber", diz Diogo. E nem era o jovem quem havia bebido. O motorista que passou com o caminhão por cima dele é quem estava embriagado, dirigindo pela avenida que fica na orla de Itaparica, em Vila Velha. A audiência com o juiz será no próximo dia 17, quatro dias antes do "Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito" - decretado pela ONU e comemorado no terceiro domingo de novembro.
Você se lembra do acidente? Só lembro que vi um vulto, senti o choque e fui jogado. Ao ver o sangue, peguei o celular. Mas um cara passou, pegou meu telefone, disse que ia falar por mim e foi embora. Ele me roubou. Então peguei o celular do trabalho e fiz o contato.
Sua mãe viu você no local? Ela foi me ver no hospital. Quando passou pela orla de Itaparica (em Vila Velha) e viu a cena do acidente, pensou que eu havia morrido. Só se tranquilizou ao saber que eu estava na cirurgia. Acho que estou vivo graças ao capitão Wagner, do Corpo de Bombeiros. Ele mora próximo do local onde o caminhão me atropelou, no dia 29 de novembro de 2009. Está próximo de fazer um ano.
Você perdoaria o caminhoneiro? Já falou com ele? Nunca o vi. Dizem que o motorista sumiu. Gostaria de ter a chance de falar com ele, saber por que bebeu tanto naquele dia, se não se sente culpado... Mas não sei se ele teria coragem.
Mas você o perdoaria? Não sei. Eu quero é justiça. Falta justiça nos casos de trânsito. As pessoas devem ser punidas, principalmente quando dirigem bêbadas.
E o que mudou depois do acidente? Fiquei 49 dias internado. Não sei como minha esposa conseguiu me suportar. Ela saiu do emprego para ficar comigo 24 horas por dia. Perdi parte da perna esquerda e estou desde janeiro em fisioterapia. Mas a mudança maior foi na minha família. Ninguém mais dirige depois de beber. Depois do acidente, ninguém mais dirigiu bêbado.
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Uma pessoa morre e três ficam feridas em acidente na BR-070
Um acidente entre dois carros deixou uma pessoa morta e outras três feridas na BR-070, KM 25, trecho que liga Águas Lindas de Goiás (GO) a Cocalzinho (GO) no fim da tarde deste domingo (14/11). O Palio prata, de placa JYO-3879 GO, conduzido por Wemerson Pereira Dias, seguia em direção à Águas Lindas quando invadiu a pista contrária e colidiu de frente com o Palio Vermelho, placa JIC 7340-DF, onde estava o motorista Iradir Madureira. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), é possível que o Palio prata tenha tentado fazer uma ultrapassagem indevida ou se desgovernado por algum motivo.
Iradir foi socorrido inicialmente para o Hospital Bom Jesus, em Águas Lindas, e em seguida transferido para o Hospital de Base de Brasília. Segundo a PRF, o motorista do Palio prata, Wemerson, foi retirado do local pelos familiares e não chegou a ser socorrido nem pelo Corpo de Bombeiros do DF nem pelo Samu. No Palio prata estavam outras duas pessoas: Willy Pereira Dias, levado para o Hospital de Águas Lindas, e Michael Rodrigues de Freitas, 27 anos, que morreu no local.
Michael estava no banco do passageiro, o lado mais afetado pelo acidente. "Ele chegou a descer do carro e pedir socorro. Mas logo em seguida caiu no chão. Como ele estava falando e andando, as pessoas tentaram auxiliar primeiro o Irandir, que estava gritando de dor e pedindo ajuda. Os dois são conhecidos na região. Iradir é proprietário de um açougue na Vila Girassol, em Águas Lindas. Já Michael morava no lugar com a esposa e os dois filhos. A família dele é de Ceilândia", contou uma amiga do rapaz que preferiu não se identificar.
Iradir foi socorrido inicialmente para o Hospital Bom Jesus, em Águas Lindas, e em seguida transferido para o Hospital de Base de Brasília. Segundo a PRF, o motorista do Palio prata, Wemerson, foi retirado do local pelos familiares e não chegou a ser socorrido nem pelo Corpo de Bombeiros do DF nem pelo Samu. No Palio prata estavam outras duas pessoas: Willy Pereira Dias, levado para o Hospital de Águas Lindas, e Michael Rodrigues de Freitas, 27 anos, que morreu no local.
Michael estava no banco do passageiro, o lado mais afetado pelo acidente. "Ele chegou a descer do carro e pedir socorro. Mas logo em seguida caiu no chão. Como ele estava falando e andando, as pessoas tentaram auxiliar primeiro o Irandir, que estava gritando de dor e pedindo ajuda. Os dois são conhecidos na região. Iradir é proprietário de um açougue na Vila Girassol, em Águas Lindas. Já Michael morava no lugar com a esposa e os dois filhos. A família dele é de Ceilândia", contou uma amiga do rapaz que preferiu não se identificar.
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domingo, 14 de novembro de 2010
ZH dominical traz reportagem sobre famílias que perderam seus jovens em acidentes
Site especial traz relatos conduzidos pelos pais que tiveram a lógica da vida invertida
Kamila Almeida | kamila.almeida@zerohora.com.br
A cada cinco horas, uma família é dilacerada pela notícia da morte brutal em acidentes no trânsito gaúcho. Histórias particulares se condensam em estatísticas, como as 1.405 vidas ceifadas de janeiro a outubro deste ano, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Do total, 359 não chegaram aos 30 anos de idade — e 259 ficaram entre os 18 e 24 anos. Atordoados diante da lógica invertida, casais que perderam filhos eternizam a última lembrança de seus tesouros: o quarto.
Confira o site especial clicando aqui.
O colorido impregnado no dormitório juvenil contrasta com o caminho acinzentado que os pais passaram a percorrer. As flores, a luz da vela e os adornos típicos de quem, aos 18 anos, ainda tateava no mundo adulto são os itens visíveis do quarto de Alessandra Andreolla Feijó, filha do empresário e vice-governador Paulo Afonso Feijó, 52 anos, e da professora de educação física Lisette, 49 anos.
— Nos primeiros seis meses eu dormia aqui, vez por outra. A sensação é de que, no quarto, estamos mais perto. Era o cantinho dela — conta Lisette.
Luanda Patrícia, filha dos empresários Eliane, 37 anos, e Roque Redante, 43 anos, de Guaporé, também tinha 18 anos quando partiu. O dormitório rosado ficou intacto. Num bloco, Luanda deixou rabiscados 45 desejos que ela calculava alcançar antes dos 35 anos. Cumpriu, pelas suas anotações, apenas três: "dançar em cima de um palco loucamente", "dormir com a roupa que saiu" e "viajar com as amigas".
Em Flores da Cunha, a empresária Noeli Agostinetto, 38 anos, mãe de Willian, 19 anos, quis fazer diferente. Logo após a morte do adolescente, tentou se desfazer de tudo, mas já na primeira doação, o coração apertou. Ela e o marido, Cladecir, 44 anos, acabaram vencidos, e as recordações de azul até hoje predominam nos 11 metros quadrados do cômodo incólume.
Ezequiel foi fruto da oitava tentativa de Marta Maria Pretto de engravidar. Quinze anos depois, com a morte do marido, o garoto virou a família de Marta. Mais três anos se passaram e o filho, de 28 anos, se foi, lançado contra a traseira de um caminhão.
— Eu sinto o cheiro dele. Tem vezes que é mais forte. Acho que depende de mim, de como estou — confidencia a mãe.
Quando a garganta da costureira Maria de Lourdes Webber Raupp, 59 anos, engasga, ela solta um berro, para dor da vizinhança. Dia desses, na pequena Dom Pedro de Alcântara, no Litoral Norte, gritou de saudade das traquinagens de Gabriel, 22 anos. O som, estridente, ecoou a ponto de despertar solidariedade. Ela recusou e explicou:
— Deixa eu gritar. Preciso aliviar o peito.
Na casa de Odete da Luz, 53 anos, e do marido, Edemar Rossetto, 57 anos, no município de Novo Barreiro, até a extensão do telefone é mantida no quarto de Everton, morto aos 29 anos, cuja despedida paralisou a vida do casal, há nove meses, até na arrumação da casa.
— Ele dizia que a cortina da sala incomodava. Sempre a prendia em um vaso de flores. Foi o que fez pela última vez antes de sair na tarde do acidente. Desde então, não consegui mais soltar a cortina — conta a mãe.
Os jovens tombados nessa guerra urbana deixam planos incompletos. Mariana ainda cultivava desejos infantis, aos 11 anos, quando partiu, forçando Nara e Clóvis Rodrigues a zelar por ursos de pelúcia, Barbies, roupas e sapatos da menina, intocados desde a ausência da filha única.
As histórias se cruzam e se repetem. Pais e mães carregam consigo objetos de valor inestimável. Noeli usa a corrente e o crucifixo de Willian, e o pai, um anel do garoto. Lisette adotou a gargantilha preta com pingente dourado em forma de coração, mimo de Alessandra. Eliane não desgruda da aliança que Luanda usava no dia da partida.
A dor das famílias amplia a sensação de impotência. Sonham em mudar o cenário dessa guerra que leva para o túmulo jovens que não se alistaram. Nesta e nas próximas páginas, as imagens retratam sete histórias paradas no tempo.
ZERO HORA
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Acidente com caminhão deixa um morto em município no Vale do Taquari
Com esta, chega a pelo menos 15 o número de mortes em no trânsito neste feriadão no RS
Um caminhão saiu da pista e capotou no km 68 da RSC-453, sentido Teutônia-Boa Vista, no município de Westfália, no Vale do Taquari. Isaías Carlos da Luz, de 30 anos, natural do Paraná, foi arremessado para fora do veículo e morreu no local.Polícia Rodoviária de Teutônia atendeu a ocorrência, mas policial não soube informar estado de saúde do motorista.
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Até o momento, pelo menos 15 mortes foram registradas no trânsito do RS durante o feriadão. A contagem é feita das 12h de sexta-feira até as 12h de terça-feira.
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Rio Grande do Sul: Homem morre atropelado na BR-386 em Triunfo
É a 13ª vítima da violência no trânsito neste feriadão no RS
Um homem foi encontrado morto por volta das 5h deste domingo às márgens da BR-386, em Triunfo. Segundo informações do posto da Polícia Rodoviária Federal de Tabaí, que atendeu a ocorrência, Diego Fernando Rodrigues Martin, de 27 anos, morreu depois de ser atropelado na altura do km 385 da rodovia.
>Site especial: Vidas ausentes: famíliasque perderam seus jovens em acidentes
Até o momento, pelo menos 13 mortes foram registradas no trânsito do RS durante o feriadão. A contagem é feita das 12h de sexta-feira até as 12h de terça-feira.
Outras vítimas neste feriadão
Domingo
— Salvador das Missões — Juan Lucca Diel Espindola, de 19 anos, morreu em acidente na BR-392 manhã deste domingo. O carro que ele conduzia saiu da pista na altura do quilômetro 669,6 da rodovia, segundo a PRF.
— Vacaria — Um homem morreu atropelado na madrugada deste domingo no quilômetro 40,3 da BR-116. O corpo de Luis Vanderlei Vaz Cesar, 36 anos, foi encontrado no acostamento da via.
Sábado
— Pouso Novo — Uma colisão frontal entre dois veículos deixou uma pessoa morta e duas feridas na noite deste sábado na BR-386. A víitima foi identificada como Aurivam Tadeu Mazo, 49 anos, motorista de um dos veículos.
— Rosário do Sul — A colisão entre um Renault Logan e um Fox matou quatro pessoas neste sábado no km 480 da BR-158. Morreram Flávio Moura de Andrade, 30 anos; Aline Elisabethe Jara de Andrade, 28 anos (motorista e passageira do Logan); além de Mara Denise dos Santos Jacobsen Nunes, 47 anos; e Cleomar Dinarte Jacobsen Nunes, 68 anos, ocupantes do Fox.
— Glorinha — Um motorista de caminhão morreu em acidente no km 53,4 da freeway, Porto Alegre-Osório. O caminhão, modelo Mercedes-Benz 608, colidiu contra outro. A vítima, identificada como Neri Alves de Oliveira, 57 anos, morreu na hora.
— Porto Alegre — O motociclista Júlio César Adolpho da Costa, 35 anos, morreu na madrugada deste sábado ao colidir contra uma proteção no Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa.
Sexta-feira
— Torres — Um motociclista perdeu controle do veículo na alça de acesso à Torres, na BR-101, por volta das 13h30min. Cassiano Cardoso Pereira, de 21 anos, colidiu na proteção metálica da margem da pista.
— Redentora — Um jovem morreu atropelado por um ônibus no final da tarde desta sexta-feira. O acidente aconteceu por volta das 18h30min no km 27 da rodovia Redentora-Miraguaí (ERS-317). A vítima foi identificada como John Kenner dos Santos, 17 anos.
— Boa Vista do Sul — Um motociclista, identificado como Gilberto Cardoso de Medeiros, 29 anos, morreu no início da tarde em um acidente na RSC-453. A moto e uma carreta colidiram frontalmente.
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CINTO SALVA VIDAS - SISTECC (Sistema Externo de Controle do Cinto).
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