O universitário Gabriel Paixão Emery Ferreira, Cafeh, 23 anos, morreu, na madrugada de ontem, após ser atropelado pelo taxista J. V.M.. O acidente aconteceu na Avenida Fernando Ferrari, em frente à Universidade Federal do Espírito Sato (Ufes), em Vitória.
Segundo a polícia, o rapaz foi atingido no momento em que atravessava, sozinho, a pista no sentido Vitória-Serra. Ele estaria voltando de uma festa que acontecia na universidade, por volta das quatro da manhã. Gabriel teve o corpo arrastado por cerca de 200 metros. Ontem mesmo, o delegado Maurício Gonçalves Rocha requereu à Justiça a prisão do motorista, mas, segundo ele, a Justiça negou o pedido.
Sem socorro
O taxista não prestou socorro à vítima, que morreu no local. Em depoimento prestado no DPJ de Vitória, J. justificou o fato alegando ter socorrido os dois passageiros que transportava. Um deles, segundo o motorista, estava com um corte na testa e, por isso, foi levado para um hospital na Serra.
O delegado Maurício Gonçalves Rocha informou, ainda, que foi feito o teste do bafômetro no motorista e o resultado teria dado negativo.
Testemunhas informaram à polícia que o Corsa conduzido por J. - que é defensor - estava em alta velocidade. Além disso, no momento em que ocorreu o atropelamento do estudante chovia muito.
O motorista ressaltou que não sabia em que havia colidido. “Ele nos disse que apenas viu um vulto. E só no hospital se deu conta de que havia atropelado alguém”, informou o delegado. (Nuno Moraes e Deborah Hmmerly)
Trezentas pessoas vão ao enterro do estudante
Gabriel Paixão Emery foi enterrado na tarde de ontem, no Cemitério de Santo Antônio, em Vitória. Cerca de 300 pessoas foram ao local prestar as última homenagens ao jovem de 23 anos. Muitos amigos também enviaram mensagens para ele por meio do Orkut.
Segundo amigos da vítima, Gabriel faria, hoje, a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele, que cursava Ciências Sociais na Universidade Federal do Espírito Santo, queria disputar o vestibular para Comunicação Social. O motivo dessa troca seria a paixão do jovem por cinema e por vídeos.
“Cafeh era criativo e intelectual. Além do curso de Ciências Sociais, ele também fazia Psicologia na Faesa”, disse um amigo de 20 anos de idade, que preferiu não se identificar.
Gabriel Emery era um dos três filhos do médico gastroenterologista Luiz Sérgio Emery. (Deborah Hemmerly)
(Gazeta Online)
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