quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dia Sem Carro deixa 120 mil veículos na garagem em Curitiba






Chuva que caiu durante a tarde fez com que atividades fossem encerradas antes do previsto. Pela manhã houve confusão e congestionamento em algumas ruas da capital


O bloqueio de 15 ruas na região central de Curitiba, durante o Dia Mundial Sem Carro, fez com que cerca de 120 mil carros deixassem de circular pelo Centro nesta terça-feira (22). O número é uma estimativa feita pela Diretran, com base em relatos dos agentes de trânsito que ficaram nos cruzamentos durante todo o período do bloqueio, das 6h às 17h. Isso representa que 35% da frota diária circulante da cidade ficou na garagem.
Durante a manhã houve confusão e reclamações de motoristas com os bloqueios das ruas. Para desviar das áreas fechadas, vários condutores decidiram utilizar as mesmas vias, o que gerou congestionamentos e irritação. Apesar das críticas, a Diretran considera que a medida foi um sucesso. A principal questão, que era a reflexão sobre o papel do carro na poluição ambiental, entrou no debate do curitibano, de acordo com o órgão de trânsito.
O mau tempo, no entanto, atrapalhou algumas atividades programas pela prefeitura para o Dia Sem Carro. A chuva que caiu durante a tarde impediu que peças de teatro fossem encenadas nas ruas bloqueadas. As barracas foram retiradas mais cedo e as atividades recreativas encerradas antes do previsto. Inicialmente, as ruas estavam previstas para serem liberadas apenas às 20 horas, mas, em razão da chuva, a liberação começou a ser feita a partir das 17 horas. Mesmo com o tempo “encurtado” as barracas de saúde tiveram uma grande procura durante o período em que estavam disponíveis.
Bloqueios
Das 6h às 17h ficaram bloqueados os trechos da Avenida Marechal Deodoro entre a Rua João Negrão e a Avenida Marechal Floriano Peixoto, e os acessos à Praça Tiradentes e à Rua Barão do Rio Branco, entre o Paço Municipal e a Rua André de Barros. Ao todo, foram 40 quadras de 15 ruas diferentes que ficaram com o acesso de carros proibido. Apenas pedestres, bicicletas, ônibus, veículos de emergência e de moradores tiveram acesso aos locais bloqueados.
O transporte coletivo contou com o reforço de 100 ônibus extras, especialmente nas linhas que cruzam o Centro da cidade. De acordo com informações da assessoria de imprensa da prefeitura, a capital tem um dos mais altos índices de motorização do país, de 1,67 habitante por veículo. O número de veículos na capital passou de 684.212, em 1999, para 1.097.830, em 2008. Nesse período, a população estimada da capital passou de 1.578.396 para 1.828.092 habitantes. Ou seja, em uma década, a frota de automóveis aumentou 60%, enquanto a população cresceu 15,8%.
(Gazeta do Povo)

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