terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

São Paulo: ‘Cinto salvou a minha vida’, diz passageiro de ônibus que se acidentou


Fernando diz que sobreviveu ao acidente porque estava usando o cinto de segurança (Foto: Marcelo Mora/G1)
‘Cinto salvou a minha vida’, diz passageiro de ônibus que se acidentou
‘Sem o cinto, eu teria voado’, afirmou funcionário público.
Outro sobrevivente diz ter visto passageiros sendo arrastados.
Um dos 39 passageiros que viajava no ônibus que se acidentou no km 69 da Fernão Dias no início da tarde desta terça-feira (2) afirmou ao G1 que só se salvou porque estava usando o cinto de segurança. No acidente, oito pessoas, todas que estavam no coletivo que seguia para Atibaia, morreram. O funcionário público Fernando (ele pediu para que o sobrenome não fosse divulgado), de 30 anos, disse que estava sentado em uma fileira do lado esquerdo, o mesmo que ficou virada para a pista no tombamento.
“O cinto fez a diferença, salvou a minha vida. Senão, eu teria voado também”, contou Fernando, que só sofreu escoriações leves no rosto e nos membros. Segundo ele, o momento do acidente foi muito confuso.
“Foi tudo muito rápido. O ônibus tombou na curvou e atravessou a mureta deitado. De repente, havia um monte de coisa voando, muito barulho e uma pancada forte. Não dava para ter idéia do que tinha acontecido”, disse.
De acordo com Fernando, ele só conseguiu sair do ônibus depois que a janela traseira foi estourada. “Desci do ônibus e como estava bem ajudei a socorrer o pessoal que estava ferido”, contou.
Assim como Fernando, o pintor de manutenção mecânico José Domingos dos Santos, de 44 anos, também se salvou no acidente, mas mais por sorte do que por prudência. Ele contou que estava com o cinto de segurança, mas que decidiu soltá-lo quando o ônibus começou a tombar. “Nessa hora, arranquei o cinto, me levantei e segurei em uma barra. Nasci de novo, pelo que eu vi”, disse.
Ele só sofreu um arranhão e bateu as costas. Apesar de sair quase ileso, Santos afirmou que na vai mais esquecer os momentos dramáticos que viveu. “Na hora que tombou, eu vi o pessoal morto, o ônibus arrastando eles pelo asfalto”, relatou, ainda bastante abalado.
g1.globo.com

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