A família da grávida de 25 anos, baleada na noite de terça-feira (8) durante um assalto no bairro Parque Munhoz, na zona sul de São Paulo, decidiu doar os órgãos da vítima. Ela teve morte cerebral por volta das 15h desta de hoje.
A Secretaria da Saúde da Prefeitura de São Paulo afirmou que uma equipe médica avaliará quais poderão ser doados. A pedido da família da vítima, não foi informado se os aparelhos que a ajudavam a respirar já foram desligados.
Daniela Nogueira de Oliveira, 25, estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Municipal de Campo Limpo. Ela foi atingida por um tiro no rosto e a bala ficou alojada no cérebro.
O bebê Gabriela --uma menina-- recebeu alta da UTI neonatal do mesmo hospital na manhã de hoje e passa bem. Ela nasceu de cesariana após a mãe ser atingida pelo tiro.
CRIME
Daniela foi baleada logo após descer de um Ford Fiesta na frente do condomínio em que mora, na rua Osíris de Camargo. Ela foi abordada por dois criminosos em uma moto, que atiraram nela e fugiram sem levar nada. Testemunhas disseram que ela estava deitada abraçada com a bolsa quando foi socorrida.
O marido de Daniela viu o socorro a jovem pela janela do apartamento onde moram. "O tiro foi por pura maldade. Uma mulher no finalzinho da gravidez não oferecia aos bandidos nenhuma ameaça real", disse Jaime Pimentel Júnior, delegado plantonista do 37º Distrito Policial, no Campo Limpo.
O porteiro de um condomínio próximo ao local onde o crime ocorreu, que pediu anonimato, disse ontem que as câmeras do residencial registraram parte da ação dos bandidos. "A polícia já pegou o material. Dá para ver os homens seguindo o carro dela em uma moto e, depois, um deles passa correndo", disse ele.
Geraldo Morais, 45, presidente do Conselho de Segurança do Campo Limpo, diz que o bairro é calmo. Na semana passada, sete pessoas foram assassinadas no Campo Limpo, na primeira chacina do ano em São Paulo.
Folha de S. Paulo
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