O universitário Juliano Brandão Cordeiro, 23 anos, foi autuado por causa da imprudência no trânsito pela terceira vez ontem. Ele se envolveu no atropelamento de uma motociclista, na Enseada do Suá, em Vitória, depois de ultrapassar um sinal vermelho, às 9h15. Ele ainda tentou fugir sem prestar socorro, mas foi detido.
Juliano foi autuado por lesão corporal e omissão de socorro. Com isso, ele pode pegar de seis meses a dois anos de reclusão, caso não pague a fiança fixada em R$ 10,2 mil.
Essa é a segunda vez em menos de seis meses que o universitário se envolve em um atropelamento. Em agosto do ano passado, ele atropelou a auxiliar administrativa Fernanda Fonseca, 28, quando a mulher saía de um pagode em Vila Velha. Antes dessa ocorrência, Juliano teria participado de um racha, no mesmo município.
O universitário está detido no presídio de Novo Horizonte, na Serra. A advogada do rapaz informou que tentaria pedir a diminuição do valor ou a isenção da fiança.
Atropelamento
No acidente de ontem, o universitário seguia pela Avenida Américo Buaiz, no sentido Centro, enquanto a auxiliar administrativa Marina Eliziani Tonoli, 27, estava em uma moto CG Fan 150, cor preta, na Avenida Capitão João Brandão – via de acesso à Ilha do Boi. O cruzamento fica embaixo da Terceira Ponte.
Juliano estava em um Corsa Hat Flex 1.8, cor prata. O veículo ficou com marcas da colisão no para-choque e no farol esquerdo. Uma viatura da Guarda Municipal de Vitória estava logo atrás da motociclista e flagrou o acidente.
Os agentes perseguiram Juliano Brandão até o cruzamento da Avenida Nossa Senhora dos Navegantes com a Leitão da Silva. Após ser autuado, o universitário teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) retida pelo Batalhão de Trânsito e foi encaminhado à Delegacia de Delitos de Trânsito.
A vítima, segundo familiares, teve fratura no pé direito e escoriações no corpo, principalmente no ombro direito. Marina foi arremessada a uma distância de três metros. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) para o Hospital São Lucas.
Delegado já havia pedido cassação da habilitação
No ano passado, o delegado Fabiano Contarato, chefe da Delegacia de Delitos de Trânsito, pediu à Justiça e ao Detran a cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Juliano Brandão Cordeiro, ou que, ao menos, no documento fosse colocada a informação de que ele tinha problemas auditivos. E isso, segundo o delegado, não foi feito.
Além da cassação da habilitação do universitário, Contarato encaminhou ao Detran uma ação administrativa contra a médica que não identificou ou indicou a deficiência auditiva do condutor na habilitação dele. A clínica onde o exame foi feito também responderá pela negligência.
Em nota, o Detran/ES garantiu que a clínica responsável pelo exame médico do universitário Juliano Brandão Cordeiro foi notificada. O órgão informou, também, que o processo administrativo encontra-se em andamento na diretoria de Habilitação e Veículos, e que foi pedida urgência para análise do caso. Também foi destacado que qualquer deficiente auditivo pode dirigir veículos.
(A Gazeta Online)
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