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Há 210 dias, Rio Grande do Sul enfrenta escassez de precipitação
O Rio Grande do Sul está entre as áreas do planeta com maior déficit de
chuva neste ano, segundo dados da Administração Nacional de Oceanos e
Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), o órgão oficial de climatologia do
governo americano. A enorme escassez de chuva durante os últimos 30 dias
fez com que o déficit de precipitação no Estado ficasse entre os mais
altos do globo nas últimas quatro semanas com volumes até 150 mm abaixo
da média histórica 1979-1995 utilizada pelo NOAA, o que explica o severo
agravamento dos efeitos da estiagem neste mês de maio no território
gaúcho.
Os dados do NOAA mostram ainda que o Oeste e o Noroeste
do Rio Grande do Sul estão entre as poucas áreas do mundo que
registraram menos de 40% da média histórica de chuva durante os últimos
seis meses, ao lado de pontos do Nordeste do Brasil, África, Península
Ibérica e da Groenlândia. Mapa com as anomalias de precipitação dos
últimos meses no mundo produzido pelo NOAA e divulgado neste sábado pela
MetSul mostra que as regiões da Terra com maior déficit de chuva nos
últimos seis meses se concentram no Centro da África (Congo e Zâmbia) e
na América do Sul, sobretudo no Sul e no Nordeste do Brasil.
A importante redução da chuva no Rio Grande do Sul que está prestes a
completar sete meses, desde que iniciada a estiagem em novembro passado,
determinou ainda que a anomalia de chuva fosse negativa também para os
últimos 365 dias.
O fato do Rio Grande do Sul estar entre as
regiões com maior déficit de chuva no planeta durante os últimos meses
não significa que o Estado está entre as áreas mais secas da Terra,
esclarece o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall. Os dados levam em
conta o desvio (positivo ou negativo) em relação à média histórica.
Regiões desérticas como o Atacama (Norte do Chile) e Saara (Norte da
África) seguem entre as mais secas do mundo. O mapa abaixo do NOAA
revela quanto choveu no planeta nos últimos seis meses com bases em
estações de superfície. Acumulados localmente mais altos, acima de 1500 a
2000 mm, acabam entrando na escala superior a 1200 mm do mapa.
Levantamento
da MetSul mostra que o déficit de chuva em alguns ponto do Noroeste do
Estado nos últimos sete meses ultrapassa a marca dos 500 mm com 210 dias
de precipitação em níveis abaixo da média histórica. Com base em nossas
análises históricas, é provável que em pontos do Noroeste gaúcho não
haja precedentes nos últimos cem anos de período de chuva tão escassa
entre novembro e maio do ano seguinte.
CORREIO DO POVO
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