sábado, 16 de fevereiro de 2013

Passageiros relatam como foi o acidente na saída da praia do Cassino


Bagagens devem ser entregues somente hoje


O que era para ser uma viagem calma e tranquila tomou outro rumo e deixou os passageiros assustados e alguns deles feridos. O ônibus, com 45 passageiros mais o motorista, tinha deixado a praia do Cassino após o feriadão, às 21h10min da última terça-feira, e tinha Bagé como destino final. Para evitar o engarrafamento da principal via que faz ligação ao balneário, o condutor fez um desvio por uma estrada que dá acesso à BR-392. Porém, por volta das 21h30min, o veículo não conseguiu concluir uma curva e tombou.

De acordo com o organizador da excursão, José Silveira Filho, o carro vinha numa velocidade de 60 km/h. Ele relata que aproximadamente 30 vítimas foram atendidas por ambulâncias e levadas ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Rio Grande. Até a tarde de ontem, pelo menos uma pessoa, identificada como Vera Lúcia Cabreira Soares, ainda estava hospitalizada. O restante da viagem, que era para ter sido concluída às 2h de ontem, só foi chegar ao fim às 7h da manhã, depois que outro veículo foi acionado para socorrer os demais passageiros.



Momentos de aflição
Uma das viajantes que ocupava uma das poltronas da frente do carro, Tânia Maria Fagundes, de 58 anos, juntamente com a irmã e uma filha, tinham ido à praia na sexta-feira. Até agora Tânia não sabe direito como aconteceu o acidente. “Era um ônibus novo, vinha bem devagarinho até”, explica. A turista conta que após o impacto, o susto foi grande. “Teve muita gritaria e estava tudo escuro, por isso o pessoal se assustou”, diz. Outra preocupação dela diz respeito aos pertences que ficaram dentro do ônibus. “Não temos documento, nem nada, não tínhamos condições de pagar nada”, complementa.
Apesar do acidente, Alexandre Bandeira Messa, de 21 anos, conta que lembra muito pouco sobre o que aconteceu, pois estava dormindo na hora do fato. “Recordo que uma criança caiu em cima de mim e eu desmaiei”, relata. Em função do impacto, ele ficou lesionado em uma das panturrilhas, nas costas e sofreu um pequeno corte em uma das orelhas. O sobrinho de Alexandre, Andrio Messa, de 18 anos, lembra que teve dificuldades para sair de dentro do veículo. “As travas de segurança quebraram na minha mão”, fala. O jovem diz que com a ajuda de outro passageiro conseguiu abrir a porta que fica localizada quase na metade do carro, sendo que muita gente teria saído por lá. Andrio também afirmou que não havia cintos de segurança disponíveis.



Contraponto
Entretanto, a informação foi contraposta por José Silveira, organizador da viagem. Ele afirma que tinha cinto para todos os passageiros. “Quem não colocou foi porque não quis”, responde. Além disso, segundo o responsável, a estrada sempre é utilizada por veículos pesados, o que aconteceu foi que um problema na hora de frear pode ter ocasionado o acidente. “O ônibus não segurou o freio”, complementa.



Entrega das bagagens
Todos os pertences que estavam tanto no bagageiro quanto na parte de cima tiveram de ficar apreendidos junto com o carro em função da perícia. De acordo com José, a responsabilidade sobre a guarda dos pertences ficou com as autoridades. “A bagagem ficou sob os cuidados da Brigada Militar”, diz. A previsão, segundo Silveira, é de que as malas, documentos e demais objetos devam ser entregues hoje, a partir das 10h, na garagem de outra empresa de turismo que fez o transporte dos pertences e que fica localizada na avenida São Judas, nº 151, próximo à Associação Rural.

Folha do Sul Gaúcho

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